Atuais aspectos da geração nuclear no Brasil

O Brasil possui a 7° maior reserva de urânio do mundo, ainda não tão bem explorada. Entretanto, a continuidade das obras da usina nuclear Angra 3 (1.405 MW) pode contribuir na ampliação das atividades de produção de Urânio no país.

A empresa estatal Industrias Nucleares do Brasil (INB), responsável pela produção e comercialização de materiais nucleares, encontra grande oportunidade ao estabelecer o fornecimento dos elementos combustíveis para Angra 3, assim como já é feito para Angra 1 e 2 (atualmente em operação). A ativação de Angra 3 e continuidade na ampliação da geração por combustíveis nucleares também abrirá mercado para empresas de construção e serviços.

Na ótica de abastecimento energético, a usina de Angra 3, quando ativada, exercerá um papel importante no parque gerador brasileiro.

De forma geral, por se tratar de uma fonte de geração cujo combustível de abastecimento é de origem nuclear, é possível contar com garantia de energia firme (eximindo as preocupações com fatores climáticos), ou seja, maior confiabilidade. Além disso, Angra 3 está localizada próximo dos principais centros de carga do país, acarretando em menores custos com transmissão.

Apesar dos fatores positivos que a ativação de Angra 3 e a ampliação da geração energética por fontes nucleares podem trazer para o país, ainda há muitas dificuldades a serem enfrentadas.
Sem pormenorizar, será necessário alcançar um maior nível de aceitação da sociedade em relação a essa fonte de energia, bem como atingir maior capacitação técnica na execução dos projetos, para garantir eficiência e modernidade.

Direcionando o foco para Angra 3, a continuidade das obras e ativação da usina depende atualmente de questões financeiras (que envolvem dívidas adquiridas até o processo atual de construção) e licitatórias (abertura do mercado ao setor privado).

Fonte: Canal Energia