Como será o consumidor de energia do futuro?

Atualmente muito in voga no vocabulário mundial, a palavra Prosumidor tem tomado cada vez mais destaque no cenário econômico nos quatro cantos do planeta.

A partir do último século, com maiores necessidades do consumidor em decidir suas escolhas e com o advento da tecnologia digital, o significado da palavra Prosumidor tomou forma. Sistemas e aplicativos para atender a essa nova demanda, como Uber, Airbnb, Amazon, Mercado Livre e outros, foram aos poucos infiltraram no nosso cotidiano e hoje fazem parte da a nossa realidade.

No setor elétrico, esse movimento iniciou a partir do último século na Europa, devido a degradação do meio ambiente, reflexo do uso indiscriminado de energia fóssil. Com o passar do tempo, projetos de geração por fontes renováveis, reaproveitamento de rejeitos e uso de equipamentos mais eficientes, foram tomando seu espaço na busca pela Nova Economia.

Por questões culturais, o Brasil demorou a dar seus primeiros passos nesse sentido. A geração distribuída solar, hoje já é uma realidade no pais, mas estudos mostram que estamos a 15 anos de atraso frente a países desenvolvidos.

O papel mais ativo do consumidor de energia, está levando aos governos repensarem na cadeia de suprimento de energia. No mundo os grandes consumidores estão em busca da integração de “Utilities”, sempre nos pilares dos 3 R´s (reduzir, reutilizar e reciclar). Para os pequenos consumidores de energia, a base para a mudança são os 3 D´s (digitalizar, descentralizar e descarbonizar). Atualmente já se fala no Prosumage, produtores, consumidores e armazenadores de sua própria energia. Neste aspecto, as baterias ganham cada vez mais força. A alteração da matriz de veículos elétricos em curso em todo mundo, ainda se mostra como um grande desafio para os países de uma forma geral.

No Brasil existem muitos desafios. A Consulta pública nº 33, para aprimoramento de regras do setor elétrico, traz algumas novidades. A abertura do mercado livre e a implantação tarifa binômia (separação de demanda e consumo) para o consumidor em baixa tensão já indicam um caminho. O projeto de resposta da demanda, onde o consumidor será ressarcido por deixar de consumir energia em momentos de picos de demanda, também sinalizam grande evolução para o setor.

Já está em curso a próxima grande revolução econômica mundial, a revolução energética. O futuro está em nossas mãos, demonstrando-se um caminho sem volta. Cabe as nossas autoridades a liberação e incentivo para fomentar esse novo mercado.

A GRID Energia está sempre atenta as novidades que impactam o setor elétrico.