Os mercados e setores econômicos vêm apresentando respostas positivas à crise sanitária atual. No Brasil, um bom indicador que apresenta a melhora dos resultados é o consumo direto de energia elétrica pelo setor industrial, em especial no Mercado Livre de Energia.
O Sistema Elétrico Nacional (SIN) amargou quedas consecutivas de consumo frente ao Planejamento Anual da Operação Energética. No entanto, vem apresentando resultados que apontam para a retomada da economia.
De acordo com dados publicados pelo Ministério da Economia em janeiro de 2020, a previsão do Produto Interno Bruto (PIB) revisada de 2,3%. segundo o Operador do Sistema Nacional (ONS), a previsão de crescimento do consumo na rede do SIN revisada era de 4,3%. Muita coisa mudou desde então.
No entanto, no final de setembro, o Banco Central estimou uma queda para o PIB de 5% em 2020. Mas, para o Ministério da Economia a previsão é de queda de 4,7%.
Além disso, a perspectiva de carga no SIN recuou para 0% segundo o Boletim Técnico da 1ª Revisão Extraordinária da Carga elaborado pelo ONS, CCEE e EPE.
O que aconteceu nesse período foi uma das maiores oscilações de preços verificadas no Mercado Livre de Energia.
A energia foi comercializada em algumas semanas com preços até 40% menores aos preços de mercado de março, mês imediatamente anterior a imposição das medidas de restrição sanitárias.
O impacto dos preços aqueceu a corrida de migrações de agentes consumidores do Mercado Cativo para o Mercado Livre de Energia como uma tentativa de minimizar os impactos da queda das atividades econômicas.
Certamente teremos mudanças no mercado, então elegemos três informações que acreditamos que precisam ser observadas na tomada de decisão:
As cláusulas contratuais no Mercado Livre de Energia devem ser editadas pelos fornecedores de energia elétrica para os próximos contratos visando a proteção e exequibilidade dos mesmos com a implantação do PLD horário.
Esse movimento é natural e irreversível. No entanto, deve se ater a possíveis exageros que aumentem a exposição dos contratantes.
Assim, para garantir que as contrapartes tenham um bom contrato, certifique-se de que o contrato e as regras são adequadas ao seu modelo de negócios.
Os preços de energia já apresentam crescimento e indicam voltar para os patamares anteriores à pandemia. Para a tomada de decisão, deve ser considerado o risco do seu negócio e avaliar se há necessidade de firmar novos contratos ou renegociar junto ao atual fornecedor.
No Mercado Livre de Energia é muito importante a manutenção das boas relações, dessa forma, é imprescindível a gestão da compliance.
Ao contrário do efeito paralisante da pandemia, o Mercado Livre de Energia brasileiro manteve seu processo de expansão e modernização em 2020. Enquanto passamos por um ano atípico, o mercado evoluiu e as reformas engatilhadas que podem aumentar ou reduzir a atratividade de alguns projetos.
Espera-se a redução de incentivos fiscais, reduzindo assim a atratividade de alguns empreendimentos. Nesse momento de corrida contra o tempo é importante se certificar de contratar bem soluções e assegurar-se das garantias requisitadas. Há inúmeras oportunidades, mas assim como oferecem ganhos econômicos, estas também expõem a riscos que deverão ser conhecidos pelos empreendedores.
Para o ano que chega, há também uma espera de revisão das tarifas de energia que tiveram bitributação. Assim, confirmadas as reduções nas tarifas, teremos um fôlego a mais para os consumidores em geral superarem esse momento adverso.
Caso tenha interesse em entender mais sobre os temas abordados entre em contato conosco.