Atenção consumidores de energia! A partir de agora, acostumem-se a um novo patamar de preços negociados no mercado livre de energia. Uma nova leva de alteração de regras e parâmetros dos modelos computacionais, que visam aprimorar os cálculos de preços de energia no curto prazo (PLD), está em curso e sem dúvida irão impactar os preços negociados no mercado livre de forma geral.
O PLD ou Preço de Liquidação das Diferenças, tem como objetivo principal a valoração da exposição dos montantes de energia liquidados no mercado de curto prazo – MCP. Desta forma, ele se torna fator preponderante na precificação de contratos bilaterais entre consumidores e comercializadores de energia no mercado livre no curto, médio e longo prazo. Seu cálculo é feito com base no Custo Marginal de Operação – CMO, obtido dos modelos computacionais que otimizam a operação do sistema elétrico brasileiro, resolvendo o problema de despacho hidrotérmico.
No mês de novembro, a CCEE por meio de sua reunião mensal, oficializou algumas mudanças de alguns parâmetros dos modelos computacionais. Dentre elas estão. Alteração da função de custo de déficit para a partir de janeiro de 2017 e adoção de novos parâmetros para a Curva de aversão ao risco a partir de maio de 2017. Soma-se a esses acontecimentos, a solicitação do Paraguai para aumento de 1% da carga a que tem direito da usina hidrelétrica de Itaipu e alteração da vazão mínima dos reservatórios do Rio São Francisco para restrição do uso da água.
O gráfico abaixo mostra a projeção do PLD para os próximos meses no submercados SE/CO com as premissas atuais e com as alterações citadas.
Diante da importância do PLD nos balcões de negociação de energia no mercado livre, novos patamares de preços já estão sendo verificados para contratos de médio e longo prazo, mas a economia para o mercado cativo ainda é grande e o mercado livre ainda continua bem atrativo para redução de custos.
Novas mudanças já são esperadas para 2018, como a conclusão da implantação da nova SAR, relacionado ao nível de armazenamento desejado no início de cada período úmido, e revisão da função de custo de déficit. Junte-se a isso a dinâmica de entrada de energia eólica e geração distribuída as redes de energia e teremos grandes emoções reservadas para os próximos anos.