A privatização da Eletrobrás

Na segunda (21/08), em comunicado oficial, o Ministério de Minas e Energia (MME) informou que irá propor ao Governo Federal a privatização de parte da Eletrobrás. O governo pretender vender parte das ações da empresa na bolsa de valores.

Em 2012, a Medida Provisória 579 de 2012, impôs uma séria redução na receita da empresa reduzindo-a por volta de 20%. A dívida estimada da Eletrobrás está em R$34,8 bilhões, quase o dobro do seu valor de mercado que é de R$19,5 bilhões. Hoje a União tem 51% das ações ordinárias (com direito a voto) e fatia de 40,99% no capital total da empresa. Além disso, o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e seu braço de investimentos (BNDESPar) têm juntos, 18,72% do capital total da empresa.

A privatização será nos setores de geração, distribuição e transmissão. No setor de geração de energia, a empresa possui mais de 40 hidrelétricas, 114 termoelétricas (a gás natural, óleo e carvão), 69 usinas eólicas e uma solar, sendo elas próprias ou em parceria, onde a Eletrobrás é responsável por 31% da geração de energia no país. No setor de distribuição a atuação se dá em seis estados das regiões Norte e Nordeste. Já no setor de transmissão, a empresa é responsável por quase metade das linhas do país, contando com 70 mil quilômetros de transmissão.

Porém, nem tudo será privatizado, restando o complexo de angra (usinas nucleares), a usina de Itaipu (que é em conjunto com o Paraguai) e os programas sociais (Luz para Todos e Procel – conservação de energia) no controle do governo.

O processo de privatização deverá ser concluído até o fim do primeiro semestre de 2018, segundo o ministro da energia, Fernando Bezerra.

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