O GSF (ajuste do risco hidrológico) pode custar R$ 22 bilhões em 2019, sendo R$ 15 bilhões pagos pelos consumidores atendidos pelas concessionárias de energia e R$ 7 bilhões pelos clientes do mercado livre, informou a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) nesta segunda-feira, 28 de janeiro.
O GSF é um problema bem conhecido do setor elétrico, responsável pela judicialização do mercado de curto prazo desde 2015. O ministro do Ministério de Minas e Energia, Bento Albuquerque, sempre diz que a solução para o problema tem prioridade máxima na agenda do novo governo. Em 2018, o GSF foi estimado em R$ 35 bilhões.
A CCCE explicou que o cálculo do impacto financeiro do GSF no mercado de energia considera a diferença entre a energia alocada pelas usinas hidrelétricas participantes do MRE e o total das garantias físicas, valorado pelo PLD esperado. A CCEE informou que o ajuste do MRE está previsto em 82,9% neste ano, o que significa que a geração hidrelétrica ficará 17% abaixo do ideal.
A previsão de preço da energia no mercado à vista disparou por causa das chuvas que estão abaixo da média para o período. Nesta segunda-feira, a CCEE revisou suas projeções para o Preço de Liquidação das Diferenças (PLD), elevando a média anual para a região Sudeste/Centro-Oeste de R$ 142/MWh para R$ 259,90/MWh em 2019, uma variação de 80,29%.
A situação pode ficar ainda pior em fevereiro. A previsão de Energias Naturais Afluentes (ENAs) indica chuvas abaixo da média em todos os submercados: 71% (SE/CO); 80% (Sul); 18% (NE); e 83% (Norte). “O destaque negativo fica para o Nordeste. A gente vinha de um histórico bastante esperançoso e otimista, mas agora a gente tem afluência de 18%”, disse a CCEE.
(Fonte: Canal Energia)