Venda da TAG e desdobramentos

A Petrobrás anunciou no dia 05 de abril a venda da subsidiária Transportadora Associada de Gás (TAG) para a multinacional Engie e fundo canadense de investimento Caisse de Dèpôt et Placement du Québec pela quantia de US$ 8,6 bi.

A TAG atua no segmento de transporte e armazenagem de gás natural por meio de gasodutos, terminais ou embarcações, próprios ou de terceiros. Tem como atividade principal o transporte dutoviário dispondo de ativos de transporte de gás natural distribuídos entre as regiões Norte, Nordeste e Sudeste cuja capacidade firme contratada de gás de 74,67 milhões de m³/dia e detém cerca de 4,5 mil km de gasodutos.

Segundo os resultados financeiros publicados no relatório da administração de 2018, a TAG apresentou Lucro Líquido de R$ 2.479 milhões, com um crescimento de 6% ante o Lucro Líquido de R$ 2.342 milhões no exercício anterior.  Segundo sua diretoria constituída, o desafio da TAG em 2019 seria primar pela busca da excelência na gestão dos processos e consequente aprimoramento da gestão de ativos e de pessoas, como forma de ampliar a geração de valor ao acionista e atender com maior eficiência ao mercado de gás natural, buscando sempre o atendimento das métricas de segurança e financeiras.

A notícia repercutiu e recebeu forte oposição da Federação única dos Petroleiros (FUP) arguindo que a decisão de venda dos ativos vai contra a liminar expedida no Supremo Tribunal de Justiça em 2018, na qual proibiu a venda de ativos de empresas públicas sem autorização do Legislativo.

A Petrobrás, no entanto, retomou o processo de venda da TAG. O fato novo que sustentou sua decisão foi a queda em janeiro de 2019 de outra liminar movida por sindicatos de petroleiros que tratava do impedimento de venda dos ativos da TAG.  Se respaldando em um entendimento da Advocacia Geral da União de que a empresa atendia os requisitos para efetuar a alienação da subsidiária.

(Fontes: TAG, Petrobrás, Valor Econômico)